doença renal crónica
hemodiálise
qualidade de vida

A Doença Renal Crónica (DRC) é um problema de saúde pública crescente, com aumento anual de doentes em tratamento hemodialítico e altas taxas de mortalidade. Fatores de risco como diabetes, hipertensão, obesidade e estilo de vida sedentário contribuem para essa prevalência. A DRC afeta não apenas a saúde física, mas também a mental, social, profissional e económica dos doentes. O objetivo geral do presente estudo foi avaliar a qualidade de vida dos doentes com DRC submetidos ao tratamento hemodiálise no Hospital Dr. Baptista de Sousa. Trata-se de um estudo de carater exploratório, descritivo e transversal que utiliza uma abordagem quantitativa, realizando uma análise descritiva dos dados numa amostra de 50 indivíduos para analisar a qualidade de vida de doentes com DRC em hemodiálise no Hospital Dr. Baptista de Sousa, na Cidade do Mindelo. Para a realização do presente estudo, utilizou-se como ferramenta o questionário padronizado pela Organização Mundial de Saúde WHOQOL-Bref enquanto instrumento de avaliação de qualidade de vida dos doentes de modo a poder observar que variáveis influenciam a vida do paciente, para compreender as suas principais necessidades. Comparando todos os domínios avaliados, utilizando uma escala de 0 -100, constata-se que os melhores resultados foram obtidos no domínio psicológico (74) e nas relações pessoais (72), tendo os piores resultados sido obtidos no domínio físico (65) e no ambiente ao redor das pessoas (66). Conclui-se que a avaliação da qualidade de vida dos utentes renais crónicos em hemodiálise é fundamental para oferecer uma assistência integral e adequada, considerando não apenas a dimensão física da doença, mas também os aspetos mentais, sociais e emocionais, visando melhorar a saúde e a qualidade de vida desses doentes. Constatou-se ainda que, a DRC provoca uma afetação da capacidade de trabalho dos doentes e dos recursos disponíveis, bem como ainda, existe uma diferença de percepção da qualidade de vida entre os doentes conforme o nível de escolaridade, obtendo-se melhores resultados nos doentes com melhor formação.