Insuficiência renal crónica
tratamento de diálise
papel da família

Atualmente as patologias do foro renal tem-se demonstrado um sério problema de saúde publica, isto deve-se ao número de casos de utentes que têm recebido diagnóstico de Insuficiência renal crónica. Em Cabo Verde o tratamento da insuficiência renal crónica é a hemodiálise, onde o utente submetido a este tratamento é vinculado a um aparelho, designado de máquina dialisadora, que através de um cateter venoso central ou uma fístula arteriovenosa, exercerá função de rim artificial. A família como sendo base fundamental de qualquer ser vivo, deve estar envolvida durante o processo de doença, pois este proporcionará apoio, segurança, suporte emocional, de modo que o utente consiga ultrapassar as dificuldades vivenciadas quer pela patologia, quer pelo tratamento hemodialítico. A metodologia utilizada no trabalho foi uma abordagem qualitativa, de carater descritivo, de abordagem fenomenológica, tendo como instrumento de recolha de informações a entrevista semiestruturada. Os resultados apontam que as famílias evidenciaram ideias chaves, que demonstram a real importância da família na vida de qualquer ser humano, nomeadamente o apoio familiar, força para realizar o tratamento, alicerce, suporte, pilar, incentivador, apoio moral e emocional, a família não está ligada apenas pelos laços sanguíneos, esta também está ligada através dos laços da afetividade, comprometimento, carinho, empatia, proporcionando assim um ambiente harmonioso, acolhedor, de modo a minimizar o sofrimento acarretado pela patologia e o tratamento. Foram evidenciadas inúmeras ideias relativamente a perceção da insuficiência renal crónica, nomeadamente eliminação de impurezas e de líquidos através de uma máquina dialisadora, pois os rins já não conseguem desempenhar tal função. Foi possível averiguar que as implicações do tratamento hemodialítico são negativas, uma vez que estas famílias tiveram de efetuar uma restruturação quer na vida pessoal quer na vida profissional, para que pudessem proporcionar apoio aos utentes em tratamento hemodialítico. As famílias alegaram que a fase inicial do tratamento foi a fase mais difícil pois para além de se tratar de algo novo, de carater letal e agressivo, carecia de muitas despesas financeiras que por vezes surgem dificuldades em supri-las. Foram verbalizadas uma diversidade de estratégias utilizadas pelos familiares com intuito de apoiar os entes em tratamento no centro de diálise do HBS, de modo a manter o familiar sempre animado e descontraído de modo a não pensar muito na patologia e tratamento.