adolescência
sexualidade
métodos contracetivos
mitos
educação sexual

A adolescência é uma fase da vida onde ocorrem várias transformações. Os adolescentes começam a ter sinais e sintomas de puberdade, surgindo as curiosidades sobre o corpo e a sexualidade levando ao início da vida sexual. No entanto, apesar do acesso fácil à informação e aos métodos contracetivos, muitos adolescentes praticam ainda comportamentos considerados de risco à saúde reprodutiva, levando a altas taxas de gravidez precoce e infeções sexualmente transmissíveis. Tendo em conta este cenário, achou-se pertinente a realização do presente trabalho tendo como objetivo analisar os conhecimentos, mitos e comportamentos de risco dos adolescentes do 12o ano da Escola Secundária António Januário Leite acerca dos métodos contracetivos. Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter descritivo-correlacional, transversal e com abordagem exploratória, onde foi aplicado um questionário a 39 estudantes do 12o ano da Escola. Os resultados mostam que a maioria dos estudantes apresentam conhecimentos superficiais, demonstrando a necessidade de intervenções urgentes quanto ao uso correto dos métodos contracetivos. Pôde-se constatar que os métodos mais conhecidos pelos estudantes são a pílula e os preservativos sendo que (21,4%) já ouviu falar nesses métodos; o coito interrompido é o menos conhecido (5,4%). No entanto, cerca de (64,1%) afirmam usar métodos, sendo o preservativo o mais apontado (43,6%). Em caso de dúvidas sobre os métodos (40%) afirma recorrer às redes sociais e apenas (20%) recorre a uma enfermeira. Relativamente aos mitos apontados, apesar de vários estudantes identificá-los como tal, muitos ainda os consideram verdade. Quanto aos comportamentos de risco face a saúde sexual e reprodutiva, cerca de (84,6%) afirma ter o hábito de consumir substâncias psicoativas (álcool/drogas); (5,1%) afirma já ter tido relações sexuais após consumo de álcool; (61,5%) afirmou já ter praticado relações sexuais sem proteção; e (25,6%) afirmam ter o hábito de ter relações sexuais com mais do que um parceiro. No que tange a adesão ao uso uso doos métodos contracetivos, pode-se constatar que (32,7%) dos inquiridos apontou ter vergonha do julgamento da sociedade e (20%) acha que não tem idade para usar métodos. Pode-se considerar que essas dificuldades estão diretamente relacionados com os vários mitos e tabus que se encontram ainda presentes na sociedade que impossibilitam os adolescentes a aderirem ao uso de contracetivos. Neste sentido, os profissionais de enfermagem devem adotar estratégias que possibilitem a desmistificação dos mesmos.