| Título | Ética do cuidado: Autonomia do doente hospitalizado sob a perceção dos enfermeiros da Delegacia de Saúde do Porto Novo |
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| Palavras-chave | autonomia do doente cuidados de enfermagem enfermeiro |
| Data | 2016 |
| Resumo | A autonomia do ser humano pode ser entendida como a capacidade de tomar decisões sobre si ou até mesmo sobre a atuação do outro sobre si. No meio académico, têm- se defendido imensamente a promoção e o respeito da autonomia do doente mas na prática clinica, constata-se frequentemente a prevalência do paternalismo desvalorizando o respeito da autonomia do doente. Durante a hospitalização predomina o método funcional, e como consequência há uma assistência fragmentada ou um cuidado não holístico o que dificulta a promoção e o respeito da autonomia do doente. Nesse sentido surge a necessidade de refletirmos sobre as nossas práticas profissionais no entendimento que mesmo doente, a pessoa não deixa de ser o titular dos seus direitos, e ninguém está em melhor posição do que a pessoa doente para fazer juízo sobre os seus interesses e decidir sobre os cuidados que lhe são prestados. O presente trabalho tem como objetivo analisar a perceção dos enfermeiros da Delegacia de Saúde do Porto Novo sobre a autonomia do doente hospitalizado. Trata-se de um estudo de caráter exploratório, descritivo de natureza qualitativa, do qual participaram sete (7) enfermeiros da Delegacia de Saúde do Porto Novo. As informações foram colhidas através de uma entrevista estruturada e tratadas com base na análise de conteúdo. Da análise dos resultados, apurou-se que os enfermeiros têm uma noção clara do que é a autonomia, bem como da sua importância nos cuidados de saúde, e que as condições de trabalho oferecidas não permitem a promoção e o respeito de autonomia do doente hospitalizado, oferecendo-lhe nesse caso um cuidado desumanizado o que não respeita na íntegra a autonomia do doente. Constatou-se ainda que várias são as estratégias utilizadas pelos enfermeiros no sentido de salvaguardar a autonomia do doente, nomeadamente: a informação, a aproximação, a capacidade de estabelecer uma relação empática, a tolerância religiosa, o respeito, e o consentimento informado, que foi destacado como sendo o mais utilizado. No que se refere aos fatores que condicionam a autonomia do doente foram identificados: a hospitalização, o nível de inconsciência do doente, a escolaridade, a doença e a avaliação de conhecimento que o doente tem sobre a sua doença, a falta de comunicação ou comunicação insuficiente, o rácio profissional e o tempo. |
| Tipo | Monografia Licenciatura - Monografia |
| URL | https://drive.google.com/file/d/1_QWsCQlxQXgCxwLJH54qY_syhWFUbmEL/view?usp=sharing |
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