utente em fase terminal
interação
experiência emocional dos enfermeiros

Com o aumento da população e a adaptação de novos estilo de vida em Cabo Verde (CV), nomeadamente, na alimentação desequilibrada, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, vêm- se verificando um aumento da incidência de pessoas a falecerem com doenças crónicas.
Devido o crescimento da prevalência de pessoas doentes em fase terminal nos serviços dos hospitais, surge o presente trabalho intitulado, “a experiência emocional dos enfermeiros no decurso da interação com doentes em fase terminal no serviço da medicina no hospital Baptista de Sousa. Este trabalho tem como finalidade verificar em que medida o envolvimento emocional dos enfermeiros interfere na qualidade dos cuidados prestados aos utentes em fase terminal internados neste mesmo setor.
Para a realização do presente trabalho optou-se por uma abordagem qualitativa, tendo como método de colheita de informações a entrevista semi-estruturada, do qual participaram seis (6) enfermeiros do serviço de Medicina do HBS.
No meio hospitalar, com o utente em fase terminal, o enfermeiro tem uma função fundamental, na medida em que é ele o profissional de saúde que está mais próximo do utente, e tem mais possibilidades de dar apoio emocional, físico e psicológico a pessoa nessa fase. E, ainda é ele que funciona como elo entre o utente, família e toda a equipa de trabalho, e isso muitas vezes envolve o estado emocional dos enfermeiros por estar sempre acompanhando o utente ao longo do seu internamento.
Através das respostas dos enfermeiros entrevistados pode–se constatar-se que cuidar da pessoa no fim da vida exige muita dedicação, por parte de quem cuida para que este seja de qualidade para o utente, oferecendo um cuidado holístico, tendo em conta seus aspetos físicos, psicológicos, espirituais.
Com a pesquisa realizada constatou-se que as emoções são flexíveis, pois, variam de pessoa para pessoa e concluiu-se, portanto, que é perceptível a assistência humanizada promovendo o apoio, conforto e a serenidade a pessoa em fase terminal e para melhorar estes cuidados há uma necessidade de uma formação rigorosa e um preparo psicológico aos enfermeiros desde setor.