família
criança
o processo de internamento hospitalar
cuidados de enfermagem

A doença e o processo de hospitalização são um dos desafios que a criança e a sua família tem de enfrentar, a criança por ser vulnerável ao risco de doença e hospitalização, por constituir uma mudança no seu estado habitual de saúde e a família sofre com o medo de não saber lidar com essa nova situação de crise, pois essa situação de crise perturba o seu equilíbrio originando mudanças em todo o sistema familiar. É neste sentido que o objetivo geral deste estudo é descrever a vivência das famílias durante o internamento hospitalar da criança no serviço de Pediatria do Hospital Baptista de Sousa (HBS).
Optou-se por uma metodologia qualitativa, do tipo descritivo, de uma abordagem exploratória de caracter fenomenológico. Participaram deste estudo seis familiares acompanhantes cuja criança se encontrava internado no serviço supramencionado, onde possuem as características abrangidas pelos critérios de inclusão para o estudo.
Para a recolha de informação foi utilizada uma entrevista semiestruturada.
O tratamento das informações foi efetuado através da análise de conteúdo, os mesmos apresentados sob forma de categorias, onde foram extraídas algumas conclusões consideradas importantes. Os resultados evidenciaram que o impacto da doença e da hospitalização da criança conduz a uma crise emocional na família acabando por afetar todos os membros, pelo que foi possível evidenciar que foram bem acolhidos pela equipa de saúde e pelo serviço o que constata-se que houve uma relação estável entre ambos.
Quanto a organização familiar percebe-se que o internamento hospitalar gera alterações no quotidiano familiar, havendo mudanças na rotina do dia-a-dia. Adicionalmente, constata-se que durante o processo de internamento as famílias deparam com diversas dificuldades nomeadamente o abandono do trabalho originando necessidades financeiras, desestruturação familiar, incompreensão social e familiar.
No que concerne a parceria de cuidados percebe-se que a família sente integrado no que diz respeito ao diagnóstico/tratamento da criança, pois um atributo fundamental da relação entre o enfermeiro e a família é a inclusão da família no processo de cuidados.