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As doenças mentais assumem-se mundialmente como uma prioridade nos sistemas nacionais de saúde devido as elevadas taxas de morbilidade e mortalidade no grupo etário dos 15 aos 29 anos. Estas perturbações têm um grande impacto económico, direto e indireto, nas sociedades, incluindo o custo dos serviços, sendo também tremendo o impacto negativo sobre a qualidade de vida dos indivíduos e das famílias. Prevê-se que até 2020, o peso dessa doença terá crescido para (15%), no entanto, apenas uma pequena minoria dos indivíduos atualmente afetadas recebe qualquer tratamento. Atendendo a esta problemática entendeu-se ser pertinente a realização deste estudo que se carateriza como quantitativa, transversal de natureza exploratória e descritiva cujo objetivo é identificar os mitos e as crenças sobre as pessoas portadoras de doença mental manifestadas pela população de São Vicente.
Como instrumento de recolha de informações foi utilizado um questionário elaborado para o efeito, que foi aplicado a uma amostra não probabilística por conveniência constituída por cem (100) indivíduos, no período de Abril a Junho de 2019.
Os resultados evidenciaram que os mitos e crenças sobre os portadores de doença mental manifestadas pela população São Vicentina são: (38%) acredita que os doentes mentais são identificados por terem uma conversa sem sentido; (32%) acredita que os doentes mentais são agressivos e (30%) acredita que os doentes mentais têm uma aparência descuidada. Constatou-se ainda que (71%) dos inquiridos apontam o uso de drogas como a principal causa das doenças mentais e 95% apontam a bruxaria como principal causa.
As hipóteses do estudo foram comprovadas na medida em que os resultados evidenciam que os mitos e crenças sobre as pessoas portadoras de doença mental estão associados a incurabilidade e perigosidade do mesmo e que esses estão associados a falta de informação e conhecimento sobre a doença mental por parte da população.