Envelhecimento
Doença de alzheimer
Cuidador informal
Intervenção de enfermagem

O envelhecimento demográfico da população mundial alia-se ao aumento de doenças crónicas não transmissíveis, como é o exemplo da Doença de Alzheimer. Esta doença tem repercussão na vida do idoso portador, mas também na sua família, e quando existe, do seu cuidador informal. Este impacto evidencia-se no quotidiano das pessoas envolvidas na prestação de cuidados, quer no domínio do suporte formal, como informal. Deste modo, o cuidado de forma ininterrupta destes idosos pode causar desgaste físico e psicológico no cuidador.
É neste sentido que se justifica a presente investigação, que detém como objetivo geral analisar o impacto da doença no cuidador informal do idoso identificado pelo serviço de Saúde Mental do HBS. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de natureza qualitativa, mobilizando uma abordagem fenomenológica. Participaram neste estudo um total de 7 cuidadores informais, do sexo feminino, com idade compreendida entre os 43 e 79 anos.
Evidenciou-se enquanto resultados que a Doença de Alzheimer tem um forte impacto na vida do cuidador informal, sendo que este papel é maioritariamente assumido por uma pessoa do seio familiar do idoso.
Neste sentido, verifica-se uma restruturação na dinâmica familiar. Para o cuidador existe um deficit na compreensão da doença, não detendo muitas das vezes soluções que permitam gerir os sintomas inerentes à doença. O cuidador informal ressalvou que as alterações comportamentais visíveis no idoso exercem em si um maior impacto negativo do que a perda das habilidades funcionais do idoso.
Realizando o estudo é possível depreender que o cuidador informal carece de atenção e acompanhamento especializado por parte dos profissionais de saúde, não só para promover a qualidade de vida do idoso, mas também a sua.