Pessoa idosa
Processo de luto
Cuidado de enfermagem na fase terminal

Inerente ao aumento da longevidade, deparamo-nos atualmente com o aumento do número de mortes em contexto hospitalar. Por sua vez, o aumento do número de mortes em contexto hospitalar conduz a que os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, vivam, cada vez mais no seu contexto profissional, o processo de luto. Este fenómeno tem impacto nestes profissionais, quer na sua esfera profissional, quer na sua esfera pessoal.
Neste sentido, elaborou-se este trabalho de investigação científica com objetivo geral de descrever de que forma os enfermeiros vivenciam o luto perante a morte do idoso no Serviço de Medicina do Hospital Doutor Baptista de Sousa. Para conseguir trabalhar as informações adquiridas, traçou-se um estudo descritivo, exploratório, de natureza qualitativa e de abordagem fenomenológica, tendo por base um guião de entrevista semiestruturada aplicada a cinco enfermeiros do serviço de medicina do Hospital Doutor Baptista de Sousa.
Diante dos resultados obtidos desta investigação pôde-se concluir que cuidar do utente na fase terminal desencadeia sentimentos em quem deles cuida. O processo de luto no serviço referido é vivenciado com tristeza, angustia e pena. Os enfermeiros não refletem sobre este acontecimento no momento, uma vez que têm de dar continuidade a cuidados a outros doentes, não se recorrendo, portanto, a estratégias em grupo para vivenciar o luto.
No entanto, recorrem a estratégias individuais para enfrentarem a situação negativa que vivenciam, tal como a focalização no trabalho que têm de continuar e pensamentos positivos sobre outras situações para se distraírem. A morte do idoso em agonia é vista por estes profissionais como um alívio, devido ao sofrimento que o idoso vivenciava.