Reinserção Social
Reincidência
Fatores de Risco e de Proteção

É de considerar que os infratores da lei após cumprirem sua pena, estão sujeitos a fatores de risco, como episódios de violência no passado, idade do sujeito no primeiro incidente violento, instabilidade nos relacionamentos amorosos, problemas no emprego, problemas com o uso de substâncias psicotrópicas, doença mental grave, psicopatia, perturbação da personalidade e fracasso em medidas de supervisão anteriores, que podem levar a reincidência criminal. Nesse aspeto, as Nações Unidas definem que os padrões e as normas vinculadas a prevenção do crime e da justiça criminal requerem o desenvolvimento e a implementação de programas e medidas eficazes que fomentem a reinserção social e prevenção da reincidência. Entretanto, contrário aos fatores de risco existem os fatores de proteção que são fundamentais para combater a reincidência criminal, nomeadamente o fortalecimento do vínculo familiar e o emprego, que juntos tendem a diminuir os custos sociais das famílias e da sociedade de uma forma geral. Do contexto em que as mulheres fazem parte da população prisional de qualquer região e estando elas sujeitas a reincidir, caso o processo de reinserção social não for bem-sucedido. Assim, no presente estudo, definiu-se como objetivo verificar qual é o impacto da ressocialização das reclusas da Cadeia Central de São Vicente na sociedade, ou seja, identificar os fatores de riscos e de proteção que podem dificultar ou facilitar o processo de reinserção social das reclusas e também inventariar as dificuldades na reinserção das mesmas, seja durante o período de reclusão como também após cumprirem a pena. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. Para coletar os dados recorreu-se a base de fontes primárias e secundárias sendo que, os principais instrumentos de coleta de informações foram as entrevistas e a pesquisa bibliográfica. Os resultados vieram confirmar que o impacto da Reinserção Social tem sido positivo sendo que todas as reclusas acabam por inserir na sociedade e no vinculo familiar e que a reincidência é baixa ou quase nula e que as reclusas só recebem acompanhamento técnicos caso estas solicitarem e se tiverem a necessidade o que afeta a reinserção social das mesmas.