Insuficiência Renal Crónica
Tratamento
Hemodiálise
Complicações de hemodiálise
Assistência de enfermagem

Entre as doenças crónicas não transmissíveis, a Doença Renal Crónica tem ganhado destaque, surgindo como um problema sério de saúde pública, por ser uma doença irreversível com curso prolongado e no maior período de sua evolução é assintomática. A insuficiência renal crónica (IRC) tem ocupado uma boa parte da estatística ao nível nacional, em que demostra o aumento gradual da taxa de prevalência dessa patologia nos últimos anos, aumentando assim a demanda de utentes que necessitam do tratamento de hemodiálise para a manutenção da vida. O procedimento da hemodiálise gera complicações potenciais e o enfermeiro deve estar apto a intervir em tais situações. Neste sentido, é necessária refletir sobre os cuidados de enfermagem aos utentes renais crónicos, particularmente no que refere à qualidade da assistência. Trata-se de estudo do tipo qualitativo, descritivo, exploratório e fenomenológico para dar resposta ao objetivo geral: analisar a assistência de enfermagem ao utente com insuficiência renal crónica com complicações durante o processo de hemodiálise no serviço diálise do Hospital Dr. Baptista de Sousa. O instrumento utilizado para recolha das informações foi a entrevista semiestruturada com perguntas abertas, visto que, esta metodologia permite uma melhor reflexão neste caso, ou seja, nesta investigação. Para a concretização desta entrevista foram participados oito (8) enfermeiros do Centro de Diálise. Os resultados demostraram que o cuidado de enfermagem envolve a sistematização desde a entrada do utente até saída deste da sessão de hemodiálise. As complicações mais frequentes durante a hemodiálise foram hipotensão e hipertensão, caibras musculares, náuseas e vómitos, prurido, cefaleia, febre e calafrio. Embora o serviço possua limitações principalmente no que tange aos recursos materiais e humanos. Ainda os resultados evidenciaram que os enfermeiros recorreram as estratégias como inserção da família nos cuidados, deve ser instruída a identificar manifestações clinicas mais frequentes dessa patologia, a construção de uma relação interpessoal com utente e os familiares, ensinar sobre a mudança de estilo de vida, zelando sempre a autonomia e independente ao utente renal crónico. Constatou-se também que os enfermeiros do serviço estão cientes em grande importância que têm para a prestação de cuidado sistematizada e humanizada aos utentes, uma vez que contribuam de forma significativa para garantir a qualidade da vida em todos os vertentes.