neoplasia
esófago
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A neoplasia de esôfago tem uma incidência e uma taxa de mortalidade crescente, a nível mundial. De acordo com vários estudos a sua etiologia está associada ao tipo histológico da doença, tabagismo, etilismo, esôfago de Barrett, ingestão de alimentos e bebidas quentes, pessoas com déficit nutricional e ainda pode ser também uma predisposição genética, porém pouco definida. As manifestações clínicas durante a sua evolução merecem uma avaliação criteriosa, dado que quando essas se manifestam, a doença já se encontra, na maioria das vezes, em um estádio avançado, não sendo possível uma abordagem precoce, com fim curativa destes pacientes. Pois, sendo a neoplasia um problema de saúde pública é de importância o envolvimento da enfermagem pois são profissionais que estão mais capacitados para atuar a nível da prevenção, deteção precoce e ajudam no tratamento dessa doença, sendo assim, procurou-se analisar as contribuições da enfermagem na prestação de cuidados de saúde ao utente com neoplasia de esófago no serviço de medicina do Hospital Dr. Baptista de Sousa. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa e de natureza fenomenológica e o método de recolha de informações foi a entrevista semi-estruturada, aplicada a oito (8) enfermeiros do serviço de medicina, e as informações colhidas foram analisadas através da técnica de análise de conteúdo de Bardin (2009). A análise dessas informações demonstrou-se que os participantes deste estudo se encontram engajados na assistência de qualidade ao utente com neoplasia de esófago, contribuindo com cuidados que proporcionam uma melhor qualidade de vida desses utentes, contribuindo para uma morte digna. Os resultados evidenciam ainda, que as maiores dificuldades estão associados a inexistência de recursos humanos e materiais suficientes, impossibilitando os cuidados, levando a que esses não sejam da forma como é desejado, a singularidade dos pacientes e a falta de uma alimentação parentérica que representa uma mais-valia para o estado nutricional destes pacientes. Pois, não tendo condições adequadas, nem especialidade na área de oncologia, profissionais suficientes, os enfermeiros do serviço de medicina mostraram a sua resiliência para adaptar à sua realidade e superar obstáculos com o intuito de prestar um cuidado digno e de qualidade ao utente. Os participantes frisaram que utilizam a comunicação terapêutica como sendo a base para o apoio ao utente, envolvendo a família e as pessoas significativas no processo de cuidar oncológico, e mostraram ser advogados do utente, de forma a garantir que eles sejam envolvidos no processo de cuidado.