Deficiência Visual
Cegueira
Baixa Visão
Criança portadora de deficiência visual
Estratégias Adaptativas

A visão é fundamental para o ser humano, pois fornece informações ambientais que nenhum outro órgão sensorial é capaz de proporcionar. A perda da visão pode ter efeitos a longo prazo de várias formas sobre a qualidade de vida de um indivíduo, como por exemplo em relação ao acesso à educação, à informação, a formação profissional, à mobilidade e a independência. A Organização Mundial da Saúde (2003) relata que anualmente 500.000 crianças ficam cegas no mundo e que 70 a 80% morrem durante os primeiros anos de vida em consequência de doenças associadas ao seu comprometimento visual. Quando a deficiência visual acontece na infância pode trazer prejuízos a nível do desenvolvimento neuro- psicomotor levando a repercussões educacionais, emocionais e sociais, que podem continuar ao longo da vida se não houver um diagnóstico/tratamento adequado. Ela limita a ação da criança em seu ambiente, o aprimoramento de seus atos motores e a sua vivência em atividades interativas com objectos. Tendo isso em conta, este trabalho consiste em conhecer algumas estratégias de adaptação para crianças deficientes visuais dos 0 aos 6 anos, por meio de uma revisão de literatura, qualitativa dos últimos 11 anos (2009-2020), com o objetivo de identificar as estratégias que melhor se adequam a cada situação particular, tendo em conta a idade e o nível de desenvolvimento da criança. Foi realizado um levantamento nas bases de dados como LILACS (Latin American and Caribbean literature in health sciences), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), PUBMED (National Library of Medicine) entre outros. Foram recolhidos artigos que abordam o tema ou que abordar alguns outros aspectos que estão relacionados com o tema, seguindo os critérios de inclusão e exclusão definidos e que vão estar apresentados na metodologia do presente trabalho. Os resultados encontrados neste trabalho, suportados pelos artigos recolhidos, apresentam determinadas estratégias que amenizam o impacto social, emocional nas crianças, promovendo a sua inclusão social, como a estimulação precoce e o treino da orientação e mobilidade. Todos de alguma forma ou outra chegaram a conclusão que a utilização de estratégias adaptativas cria condições para o pleno desenvolvimento das capacidades da criança, prevenindo futuros deficits.